TEORIA DA LITERATURA


Durante a leitura do capítulo O gênero romance na perspectiva da cosmovisão carnavalesca, discutimos o conceito de Carnavalização dos textos literários. Qual conceito, de acordo com Bakhtin (1990), é usado para o termo carnavalização, nos textos literários?

 


É um estilo literário satírico. Recebe esse nome pois possui o mesmo modelo utilizado por Menipo de Gadara, filósofo grego que viveu de 349-250 a.C..


É a literatura que guarda uma relação com as tradições dos gêneros do cômico-sério por conservarem, “mesmo em nossos dias, o fermento carnavalesco que os distingue de outros gêneros".


Há cenas de escândalos, de comportamento excêntrico, de discursos e declarações inoportunas, ou seja, de diversas violações das normas comportamentais estabelecidas e da etiqueta, incluindo-se a violação do discurso não estão presentes nesse conceito.


É uma história em que o narrador, personagem ficcional, relata sua própria história.


Narrativa que contém várias formas de expressão e todas são concretamente identificadas e usadas no espaço social em que o escritor se insere.

Com base na leitura O tesouro, de Eça de Queirós, assinale a alternativa CORRETA:


As personagens são redondas.


Narrador observador durante toda história.


Rui, Guanes e Rostabal são personagens figurantes.


O tempo e o espaço são caracterizados, a todo momento, como psicológico.


Presença de discurso direto.

Com base na leitura O tesouro, de Eça de Queirós, assinale a alternativa CORRETA:

 


Narrador observador durante toda história.


Rui, Guanes e Rostabal são personagens figurantes.


O tempo e o espaço são caracterizados, a todo momento, como psicológico.


As personagens são redondas.


Presença de discurso direto.

Em estudos sobre o problema da linguagem, Jakobson estabeleceu dois grandes mecanismos psicológicos de organização do discurso: o de tipo predominantemente metafórico e o de tipo predominantemente metonímico. Classifique os textos, a seguir, usando, para tanto, o seguinte código:

 

( 1 ) se for predominantemente metafórico

( 2 ) se for predominantemente metonímico

 

(   ) “Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve”. (D. Casmurro, Machado de Assis)

 (   ) Ser como o rio que deflui/ Silencioso dentro da noite/ Não temer as trevas da noite./ Se há estrelas nos céus, refleti-las./ E se os céus se pejam de nuvens,/ Como o rio as nuvens são águas,/ Refleti-las/ também sem mágoas/ Nas profundidades tranquilas. (Manuel Bandeira)

 (   ) “Raimundo tinha vinte e seis anos e seria um tipo acabado de brasileiro, se não foram os grandes olhos azuis, que puxara do pai. Cabelos muito pretos, lustrosos e crespos; tez morena e amulatada, mas fina; dentes claros que reluziam sob a negrura do bigode; estatura alta e elegante; pescoço largo, nariz direito e fronte espaçosa. A parte mais característica da sua fisionomia era os olhos – grandes e ramalhudos, cheios de sombras azuis; pestanas eriçadas e negras, pálpebras de um roxo vaporoso, como a nanquim, faziam sobressair a frescura da epiderme, que, no lugar da barba raspada, lembrava os tons suaves e transparentes de uma aquarela sobre papel de arroz.” (O mulato, Aluísio de Azevedo)

 

A sequência CORRETA é:


2 2 1


1 1 2


2 1 1


1 2 1


2 1 2

Das alternativas a seguir, indique a que CONTRARIA as características mais significativas do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.


Livro que se liga aos romances de aventura, marcado por intenção crítica contra a hipocrisia, a venalidade, a injustiça e a corrupção social.


Obra considerada de transição para um novo estilo de época, ou seja, o Realismo/Naturalismo.


Romance de costumes que descreve a vida da coletividade urbana do Rio de Janeiro, na época de D. João VI.


Narrativa de malandragem, já que Leonardo, personagem principal, encarna o tipo do malandro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro.


Romance histórico que pretende narrar fatos de tonalidade heróica da vida brasileira, como os vividos pelo Major Vidigal, ambientados no tempo do rei.

No início do livro Memórias de um Sargento de Milícias, o narrador refere-se à honra e à respeitabilidade dos meirinhos (oficiais de justiça), negando-as posteriormente com fatos e atitudes que marcam a personagem de Leonardo Pataca, o que denuncia, mais do que ideias contraditórias, um posicionamento claramente irônico. Isso não ocorre no trecho:

 


 


“— Honra!…honra de meirinho…ora!

O vulcão de despeito que as lágrimas da Maria tinham apagado um pouco, borbotou de novo com este insulto, que não ofendia só um homem, porém uma classe inteira!”


“Ao outro dia sabia-se por toda a vizinhança que a moça do Leonardo tinha fugido para Portugal com o capitão de um navio que partira na véspera de noite.

— Ah! disse o compadre com um sorriso maligno, ao saber da notícia, foram saudades da terra!…”

 


“O compadre, que se interpusera, levou alguns por descuido; afastou-se pois a distância conveniente, murmurando despeitado por ver frustrados seus esforços de conciliador:

— Honra de meirinho é como fidelidade de saloia.”


“— Ó compadre, disse, você perdeu o juízo?...

— Não foi o juízo, disse o Leonardo em tom dramático, foi a honra!…”


“Espiar a vida alheia (…) era naquele tempo coisa tão comum e enraizada nos costumes que, ainda hoje, (…) restam grandes vestígios desse belo hábito.”

Sobre a maneira de introduzir “ideias” em um romance, analise as afirmações que seguem:

I- A maneira mais eficaz de introduzir “ideias” em um romance é fazer com que as ideias sejam expressas através de uma fábula, ou seja, através da ação, do comportamento e das atitudes das personagens; em outros termos: a “ideia” deve ser expressa de maneira implícita.

II- O critério utilizado para determinar esta eficácia é o critério da verdade.

III- A eficácia estética não coincide com a eficácia filosófica.

IV- De um ponto de vista filosófico, seria eficaz a ideia que fosse expressa de modo explícito.

V- De um ponto de vista estético, ao contrário, será eficaz a ideia que for expressa de modo implícito.

 

São CORRETAS as afirmações contidas em:

 


I, II, III e IV, apenas.


I, II, III e V, apenas.


I, II, IV e V, apenas.


II, III, IV e V, apenas.


I, III, IV e V, apenas.

Sobre a verdadeira incorporação das ideias em uma obra literária, seja romance ou poema, assinale F para as afirmativas que forem FALSAS e V para as que forem VERDADEIRAS.

 

(   )      A verdadeira incorporação das ideias em uma obra literária, seja romance ou poema, dá-se quando o escritor apresenta as ideias de uma forma implícita, de uma forma indireta, ou seja, quando utiliza o processo simbólico de incorporação de ideias.

(   )      Em uma obra de arte bem realizada, os materiais encontram-se completamente assimilados na forma, na estrutura. Para que isso ocorra, é necessário que as ideias tenham seu estatuto alterado; elas não podem se apresentar como elas existiam fora da obra literária, porque se assim for, não houve o trabalho artístico que deve transformá-las em parte integrante da obra, em algo que é “constitutivo” da mesma.

(   )      Fora da obra literária, as ideias existem enquanto ideias, têm uma existência puramente conceitual, existem como elementos não elaborados, simples elementos de informação. Ao ingressarem na obra literária, elas devem ter o seu estatuto alterado, devem transformar-se em parte integrante, indissociável do tecido da obra. Essa transformação é resultado do trabalho de elaboração artística. Esta incorporação ocorre da mesma maneira no romance e na poesia.

(   )      No romance, as ideias não podem ser incorporadas na fábula, ou seja, nas ações, nas atitudes, nos comportamentos das personagens.

(   )      Na poesia, como não há ações nem personagens, esta incorporação se dá ou através da vivência do eu lírico ou através de imagens, ou seja, utilizando-se a referência ao mundo dos objetos, mundo concreto, mundo sensível. As ideias deixam de ser ideias no corrente sentido de conceitos e transformam-se em imagens.


V V V F F


F V F V F


V F V F V


V V F F V


F F V V F

Em nossos estudos vimos que Antônio Candido apresenta, para a investigação sobre a obra literária, como uma operação feita em três etapas ou momentos. São eles:


Comentário, valoração e explicação.


Comentário, explicação e interpretação.


Avaliação, análise e explicação.


Avaliação, explicação e interpretação.


Comentário, análise e interpretação.

A partir da distinção entre fruição diletante/leitura crítica, analise as afirmações que seguem:

      I.        A metodologia crítica não permite analisar a obra de modo rigoroso, com uma disciplina e lucidez que não estão ao alcance do leitor despreparado, por mais inteligente e sensível que ele possa ser.

    II.        Há dois tipos de relacionamento com a literatura, um denominado fruição diletante, outro chamado leitura crítica.

   III.        A leitura crítica de obras literárias supõe a superação da leitura como mero entretenimento/mera contemplação, atitude esta admissível em um leitor que não elegeu a literatura como campo privilegiado de atuação.

 IV.        É preciso reconhecer que há uma diferença entre a leitura realizada por um leitor não especializado e a leitura realizada por um especialista de Letras.

  V.        O leitor especializado, diferentemente do outro tipo de leitor, parte ao encontro da obra literária munido de conhecimentos especializados sobre a metodologia da crítica.

São CORRETAS as afirmações contidas em:


II, III, IV, V.


I, III, IV,V.


I, II, IV, V.


I, II, III,V.


I, II, III, IV.

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